Salve, salve meus irmãos de fé! Hoje falaremos de um assunto bastante abordado e que possui muitos mistérios: Colar-Guia na Umbanda! Simbora!

Existem várias dúvidas sobre esse assunto: o que são os colares-guias? Quais seus fundamentos? Pra que servem?

Em primeiro lugar vamos esclarecer o que é um colar-guia na Umbanda: É um colar feito com elementos naturais, miçangas, “cristal” japonês ou “porcelana”. Esses três últimos materiais mencionados (miçanga, cristal japonês e porcelana) apesar de terem seus nomes descritos desta forma, na verdade, nada mais são que plástico ou resina, porém, todos tem funções e fundamentos.

O primeiro fundamento é: um colar guia é um círculo mágico flexível que abre o mistério dos 7 círculos sagrados envolvendo aquele que o utiliza. O segundo é que o mistério das esferas é ativado, das cores, além, claro, do mistério do elemento: Pedras, Sementes, Resinas etc.

No momento que você já sabe o que é um colar-guia, você deve estar também se perguntando: Para que serve? A função básica de qualquer guia é de proteção, ou seja, absorvedor de cargas negativas ficando retidas nele para que não atinja o médium. Tem ainda a função de atuar como um portal mágico, recolhedor das mesmas energias negativas e encaminhador delas. Por outro lado exerce uma função de portal de ligação entre o campo material e o Guia ou Orixá com as funções de recolhimento ou irradiação de seus fatores e energias da “força” para o qual o colar foi consagrado (Se o colar-guia foi consagrado à sua Mãe Oxum, o portal de ligação é entre você e Oxum).

Aproveito para indicar a leitura da nossa matéria sobre pedras naturais: https://www.teussp.com.br/pedras-na-umbanda/

Falaremos agora sobre a diferença entre os colares com elementos naturais e outros elementos.

O colar-guia que é feito de qualquer material que não seja natural tem suas funções bem limitadas, pois não tem o elemento natural para abrir portais elementais recolhedores e irradiadores de energias. Por exemplo, o uso de firmas nos colares-guias de elementos industrializados ajuda na comunicação entre o círculo mágico e o seu exterior, facilitando trocas energéticas e evitando a condensação excessiva de energias negativas nos colares. Pelo fato desses colares não possuírem a capacidade de encaminhamento via portais elementais das energias negativas que chegam ao médium, são utilizadas como entrada e saídas dessas energias, possuindo também a função de liberá-las evitando que os colares-guias se inutilizem energeticamente e se rompam.

O colar-guia de miçanga pode reter cargas negativas, porém, na abertura do campo do Guia ou Orixá não consegue uma comunicação perfeita, pois utiliza somente o mistério das cores e do formato geométrico das guias para atuar como elemento mágico, perdendo a função do elemento natural que seria importante ali.

A guia de “cristal” japonês já tem a capacidade um pouco maior dessas funções pois abre o mistério das esferas que envolve cargas negativas e as recolhe, mas a capacidade de retenção dessas cargas também é limitada pois a imantação de um colar sem elementos naturais vai perdendo sua energia tendo que ser sempre reconsagrado. Isso acontece pois o colar recolhe e vai retendo as cargas negativas, da mesma forma que doando suas energias, com isso em algum momento vai perdendo essa capacidade de doação e se negativando, havendo então a necessidade dessa reconsagração ou limpeza. Na maioria das vezes o resultado disso é um atrito energético e o colar acaba se rompendo (arrebentando). Outra consequência desse choque energético é a perda de imantação do colar-guia deixando-o neutro e sem função.

Essa reconsagração muitas vezes é feita pelo próprio guia, sem que percebamos isso, através de alguns gestos feitos pelo próprio guia quando o médium está incorporado. Aliás, nestas guias a espiritualidade vive orientando em leva-las aos campos de força para limpeza energética e re-imantação (como por exemplo ir à cachoeira lavar sua guia).

Mas qual é o benefício de um colar-guia na Umbanda de pedras, se eu ou o meu guia podemos reconsagrar as outras guias feitas com elementos não naturais? Algumas, mas em geral nem todos os irmãos têm condições financeiras para ter uma guia de pedras naturais e, por isso que a Umbanda é Umbanda, pois não exclui nada nem ninguém. As reais “vantagens” de uma guia de pedras naturais são:

  • Em primeiro lugar que é uma guia que vai durar muito tempo;
  • O mais importante: É um elemento natural em que o próprio elemento (cada esfera) já abre um portal para a dimensão do Orixá ou do Guia utilizando-se da energia da própria pedra;
  • No ato da consagração são retidas as energias do Orixá ou do Guia permanecendo no colar, não havendo nunca mais a necessidade de reconsagração;
  • Abre-se um portal de contato direto entre o médium e o Guia ou Orixá para o qual foi consagrado e estes ficam em comunicação constantes entre si;

Em resumo: Os colares-guias de pedras naturais não só retém as energias, mas vão muito além disso, ou seja, eles SÃO AS PRÓPRIAS ENERGIAS! Mas como assim? Vamos dar um exemplo: Se pegarmos um quartzo verde para a confecção de uma guia para Pai Oxóssi, essa pedra por si só já possui fatores deste Orixá, agora imagina o poder de vibração que ele terá quando ainda for consagrado para esse Pai? Entenderam?

Existem também outros tipos de guias naturais além das guias de pedras, que podem ser de sementes, por exemplo. Estas também entram na classificação de elementos naturais, porém vegetais. A única “desvantagem” é que sua durabilidade é pouca e também é muito frágil, mas seu axé se aproxima muito ao dos colares-guias de pedras já citados acima.

Curtiram o assunto Colar-Guia na Umbanda? Espero mais uma vez que tenhamos ajudado nossos irmãos sobre mais um assunto muito solicitado. Não esqueçam de compartilhar nas suas redes sociais utilizando os botões do início do texto.

Axé!

Bruno Amorim

Médium de família umbandista, estudioso da Umbanda Sagrada, mago dirigente do Colégio de Magia SOL e ministrante dos cursos de Desenvolvimento Mediúnico, Magia Divina e demais cursos livres da religião de Umbanda. Formado em Economia pela UFRJ, estudou Teologia de Umbanda Sagrada com Alexandre Cumino em 2016 e se formou Sacerdote de Umbanda Sagrada em 2019 com o dirigente e sacerdote da Casa do Pai Benedito, Cláudio Ricomini. Iniciado em 27 graus da Magia Divina, sendo mago iniciador deste 2019 de diversos graus da Magia Divina no Rio de Janeiro.

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