Qual é o Deus da Religião Umbanda?

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Salve meus irmãos! Hoje transcrevo para vocês uma parte da aula sobre os Orixás e Olorum do Curso de Teologia de Umbanda online. Muitos me perguntam: Qual é o Deus da Religião Umbanda? Esta pergunta deve ser respondida com propriedade por todos os umbandistas, mas irei ajudar aqui com algumas informações teológicas.

Vamos definir o nosso panteão e o seu regente supremo, que é Olorum (Olodumare), o nosso divino Criador.

Olorum é uma contração de Olodumare, o Criador.

Todas as religiões, mais ou menos elaboradas, apontam para um Criador Supremo e anterior às divindades criadas por Ele e distribuídas por toda a sua criação.

Isso não é privilégio de uma ou de outra religião.

Para nós, umbandistas, Olorum é Deus e é o princípio de tudo. Se para as religiões judaica e cristã o nome de Deus é Iavé ou Jeová, para nós é Olorum.

Olodumare, em yorubá, quer dizer: Olo (senhor); Odu (destino); Mare (supremo) = Senhor Supremo do Destino. Já sua contração Olorum: Olo (senhor); Orun (o além, o alto, o céu) = O Senhor do Céu.

Olorum é o senhor do céu, é o senhor supremo do destino e é o princípio de tudo, inclusive dos Orixás, que são os concretizadores da sua criação e a administram.

A ciência divina nos revela que Olorum é o princípio criador e que está na origem de tudo, é o meio pelo qual tudo se realiza e se concretiza.

Olorum gerou em si seus mistérios e os individualizou nas suas divindades distribuindo-as por toda a sua criação. Essas divindades (os Orixás) estão presentes em todos os eventos originais da criação e estão em tudo o que esses eventos geraram.

Olorum é, em si mesmo, os princípios masculinos e feminino indiferenciados porque sua natureza divina é impenetrável e em um nível da criação não há diferenciação alguma porque tudo se torna uno, indivisível e indissociável.

Mas se em um nível da criação tudo é uno e Olorum é a unidade original, após esse nível o que é uno começa a nos mostrar a dualidade macho-fêmea, ativo-passivo, irradiante-concentrador, positivo-negativo, etc.

Antes de alguns apontamentos sugiro a leitura de uma outra matéria nossa sobre a umbanda e seus mistérios: https://www.teussp.com.br/umbanda-a-religiao-dos-misterios/

Seguimos!

– A dualidade macho-fêmea faz surgirem Orixás masculinos e femininos.

– O dualismo ativo-passivo faz surgirem Orixás masculinos e femininos dinamizadores dos processos criativos e Orixás sustentadores de tudo o que esses processos criativos geram.

– A dualidade irradiante-concentradora faz surgirem Orixás cujas vibrações mentais são saturadas de fatores (axé) indispensáveis a tudo o que foi criado (os irradiantes). Já os concentradores, suas vibrações mentais saturadas dos seus fatores destinam-se aos seres, às criaturas e às espécies (vivas ou inanimadas) e têm por função acelerar ou desacelerar os eventos (gerativos, criativos, equilibradores, ordenadores, etc).

– A dualidade positivo-negativo faz surgirem os magnetismos coletivos ou individuais. Os positivos sustentam os processos criativos e os negativos retificam os processos que vierem a se degenerar.

Esse dualismo “exterior” de Olorum inexiste em seu interior porque ele é uno e não compartilha com mais ninguém essa sua unidade.

Mas por não a compartilhar com ninguém, só Ele gera em si suas qualidades divinas e as distribui aos seus Orixás, sendo que uns são puros e não compartilham com mais nenhum outro o seu mistério, seu fator e seu poder original.

Como exemplo da unidade de Olorum, individualizada nos seus Orixás, temos:

– Oxalá é o seu mistério da fé e podemos classificá-lo como a oniquerência de Olorum;

– Ogum é o seu mistério da ordenação e podemos classificá-lo como a onipotência de Olorum;

– Oxóssi é o seu mistério do conhecimento e podemos classificá-lo como a onisciência de Olorum.

Parece complicado isso? Ao terminar a leitura deste texto entre neste site e veja mais sobre teologia de umbanda: https://teusspead.com/teologia-de-umbanda/

Vamos entender melhor esta classificação!

Essa classificação da individualização das qualidades puras originais de Olorum pode ser estendida para todos os outros Orixás que mais adiante comentaremos em capítulos próprios, mas que aqui adiantaremos:

Oxalá é a qualidade congregadora de Olorum.

Ogum é a qualidade ordenadora de Olorum.

Oxóssi é a qualidade expansora de Olorum.

Xangô é a qualidade equilibradora de Olorum.

Oxum é a qualidade conceptiva de Olorum.

Obá é a qualidade concentradora de Olorum.

Iansã é a qualidade direcionadora de Olorum.

Oxumaré é a qualidade renovadora de Olorum.

Obaluayê é a qualidade evolucionista de Olorum.

Omolu é a qualidade estabilizadora de Olorum.

Iemanjá é a qualidade geradora e criativa de Olorum.

Nanã Buroquê é a qualidade racionalizadora de Olorum.

Logunan é a qualidade condutora de Olorum.

Oroiná é a qualidade energizadora de Olorum.

Exu é a qualidade vitalizadora de Olorum.

Pombagira é a qualidade estimuladora de Olorum.

Aqui, vimos dezesseis qualidades originais de Olorum e surgiram dezesseis Orixás, sendo que os dois últimos (Exu e Pombagira) são dotados de um dualismo específico e atuam religiosamente segundo mecanismos divinos reguladores da ação dos processos originais, já que sem vitalidade e sem estímulo tudo mais ficaria paralisado, mas sem ser desvitalizados e desestimulados nenhum processo criativo que venha a se degenerar poderá ser paralisado.

Olorum é um poder uno e original, mas está em todas as suas divindades e em cada uma delas encontramos sua presença e cada uma delas, por si mesma, pode nos conduzir a Ele, o nosso divino Criador e senhor do nosso destino.

Sim, cada Orixá, a exemplo dos mestres luminares Jesus e Buda, é uma via, um caminho que nos conduz a deus. Nenhum Orixá é inferior aos outros porque cada um deles é uma individualização e uma exteriorização, uma manifestação mesmo do divino Criador Olorum.

Tal como o cristão ou o budista dirigem-se a Jesus ou ao Buda nos seus clamores, nas suas preces e centram neles suas religiosidades, os umbandistas devem centrar nos Orixás ou no seu Orixá regente a sua religiosidade, suas preces, seus clamores e seus votos, pois estará agindo corretamente e suas vibrações alcançarão o todo-poderoso Deus Olorum porque cada Orixá é um manifestador divino d’Ele.

E aí nos perguntam: Qual é o Deus da Religião Umbanda? Não entendemos o porquê de nos chamarem de idólatras ou de politeístas se não procedemos de forma diferente da dos judeus, dos cristãos, dos islâmicos, dos espíritas, etc., já que cultuamos Deus Olorum e seus Orixás, e eles cultuam Deus-Iavé, Deus-Jesus e suas cortes celestiais formadas por anjos, arcanjos, serafins, profetas, santos, etc.

Onde está a diferença?

Se politeísmo é o ato de cultuar um Deus unitário e suas divindades, que o assistem na condução dos seres, então todas as religiões da face da Terra são politeístas, porque todas seguem o mesmo modelo de construção e em absolutamente nada uma difere das outras.

Nós, umbandistas, somos classificados como politeístas pelos que nos criticam e vilipendiam porque eles se julgam membros de religiões superiores. Mas as religiões deles não são superiores à nossa.

São hipócritas mesmo, já que fazem o mesmo que nós, diferindo apenas na forma como fazem. Tudo é só uma questão de ritos, liturgia e doutrina.

Portanto, irmãos umbandistas, não se sintam inferiorizados porque o nome sagrado do seu Deus não é Iavé ou Jeová, não é Alá, não é Brama ou qualquer outro dos muitos já dados ao nosso Divino Criador pelos fundadores humanos das religiões, e sim Olorum.

Olorum é o senhor nosso Deus e nosso divino Criador e a tradução do seu nome yorubá para português nos revela que ele é o Senhor do nosso destino… de nossa vida!

Ele é onisciente, onipotente, onipresente, oniquerente, já que Ele tudo sabe e todo o saber dimana d’Ele; Ele tudo pode e todo o poder provém d’Ele; Ele está em tudo e em todos porque tudo o que Ele criou, criou em si mesmo e é em si toda a sua criação; e todos estão n’Ele porque é n’Ele que todos fomos gerados; é oniquerente porque tudo e todos são só exteriorizações de suas vontades e elas prevalecem em nossas vidas.

Ame Olorum com todo o seu amor; cultue-o com toda a sua fé; louve-o com todo o seu ardor; respeite-o com toda a sua reverência; ensine-o aos mais novos com todo o seu saber; manifesta-o no seu virtuosismo porque todas as virtudes derivam d’Ele, o virtuoso e generoso Criador de tudo e de todos nós.

Ele é nosso pai e pai dos nossos regentes divinos: Os Sagrados Orixás, os concretizadores da sua obra divina e os sustentadores divinos da nossa evolução espiritual. Já conseguem responder Qual é o Deus da Religião Umbanda?

Estude e aprenda sobre a sua religião! Essa é a melhor forma de combater a ignorância e o preconceito!

Veja nosso curso de teologia de umbanda: https://teusspead.com/teologia-de-umbanda/

Axé!

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