A Linha do Oriente na Umbanda

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Salve meus irmãos de Fé! Hoje falaremos sobre uma das linhas menos trabalhadas na Umbanda, porém uma das que possuem mais recursos de tratamento espiritual, energético e magístico. Vamos entender mais sobre a Linha do Oriente na Umbanda!

Bom, para começo de conversa a Linha do Oriente NÃO é uma linha de orientais! NÃO é uma linha somente de espíritos hindus, budistas, chineses, tibetanos etc. Existe uma diversidade de falanges espirituais nesta linha que costumamos dizer: “Na Linha do Oriente existem inúmeras SUB-LINHAS”.

O que significa então esta linha?

Tudo tem haver com o Grande Oriente Luminoso, um grande templo do saber que está assentado na sétima faixa ascença espiritual humana. De lá surgem a maioria das hierarquias humanas dos TRONOS DE DEUS. Estas hierarquias humanas ou humanizadas amparam todas as religiões, dotando de iniciados todas as linhas evolutivas humanas (que são as religiões amparadas pelo nosso Divino Criador).

Nós costumamos nos referir ao Grande Oriente Luminoso como o ponto central da TRADIÇÃO NATURAL, pois lá estão assentados os hierarcas humanos das religiões naturais.

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Bom, quando nos referimos à Umbanda Sagrada, estamos falando sobre uma religião natural onde muitos dos iniciados nas magias divinas se manifestam como guias espirituais e auxiliam as pessoas que precisam. Afinal, como você acha que o seu caboclo ou preto-velho trata dos problemas dos assistidos? Com magia divina é claro! Com manipulação energética sob o amparo da Lei Maior e da Justiça Divina.

Farei uma bela transcrição do livro “O cavaleiro da Estrela Guia – A saga completa”, vejam que é auto explicativo a fundamentação do Grande Oriente Luminoso.

– Como vai, guardião Saied?

– Muito bem mestre Han, o vaso transborda!

– Então está na hora de espalhar a água da vida aos que têm sede, filho meu.

– Gostaria de tê-lo como mentor dos passos que vou dar, mestre de mestres e luz do meu saber.

– Está preparado para integrar-se ao Grande Oriente Luminoso?

– Sim, mestre de mestres.

– Sente-se suficientemente equilibrado para ser um mestre, filho meu?

– Sim senhor.

– Saiba que não será fácil. Onde os guardiões dos mistérios designarem, terá que servi-los com toda a dedicação e amor que o vaso sagrado lhe derramou.

– Não sei do quanto eu sou capaz, mas o que souber ou puder não deixarei de fazer.

– Então dê-me suas mãos. Eu vou conduzi-lo à morada dos guardiões dos mistérios da criação. Se for aprovado pelos vinte e um guardiões, as portas do Grande Oriente Luminoso se abrirão para você e terá tudo o que precisar para bem realizar algo grande e luminoso. Tudo em honra e graças à bondade do Criador de Tudo e de Todos.

– Ainda sou um discípulo seu! Mostre-me a senda luminosa que devo trilhar para me tornar mais um dos incontáveis mestres formados pelo seu saber, luz do meu saber.

– Vamos, filho meu. O Grande Oriente Luminoso já nos abre sua porta luminosa. Trilhemos a sua senda.

Neste momento um facho de luz dourada chegou até nós e fomos levados por ele. Mestre Han depois explicou que esta é a única via de acesso para o mais elevado plano espiritual, onde se localiza a sede do Grande Oriente Luminoso. Ninguém chega até ele se não for levado por aquele facho de luz dourada.

Um segundo depois já nos encontrávamos na sede do Grande Oriente Luminoso. Então me veio a fascinação pelo que eu via. Se me foi difícil falar das coisas do amor, agora me é impossível falar da beleza e harmonia do lugar. Só posso dizer que eu estava fascinado. De vez em quando eu parava um pouco para observar os detalhes. Logo era alertado pelo meu mestre!

– Vamos filho meu, alguém nos aguarda. Não percamos tempo com detalhes. O que interessa a você é o que há no interior deste local sagrado.

– Desculpe-me, senhor, mas estou fascinado. Sim, esta é a palavra. Tudo aqui me fascina e encanta!

– Quando cheguei aqui pela primeira vez causou-me a mesma sensação. Agora façamos silêncio, pois não nos é permitido falar.

Eu o segui em silêncio. Logo adentramos um pórtico luminoso encimado por uma estrela. Reconheci-a de imediato. Era a Estrela Guia, o primeiro dos sete símbolos sagrados. Quando já estávamos em seu interior um ser sem feições, pois era apenas uma luz, veio ao nosso encontro e nos conduziu até um imenso salão, que era todo formado por luzes. A harmonia luminosa era fantástica. As formas eram perfeitas e as cores extasiantes. Muitas luzes se moviam no seu interior. Eram espíritos que já não possuíam forma humana. Haviam se libertado do carma reencarnatório há milênios e ali serviam aos guardiões dos mistérios. Ninguém falava nada, tudo eu intuía apenas de ver. Mestre Han assentou-se diante de uma pedra verde. Nem a mais bela das esmeraldas possuía sua beleza, e nem o mais puro dos cristais possuía sua pureza. Ele era o mago da pedra verde! O grande M.. L.. da luz verde. Isto eu já sabia, mas desconhecia que ele tivesse assento na sede do Grande Oriente Luminoso. Sentei-me atrás dele e procurei me desligar dos detalhes.

Pai Rubens Saraceni / O cavaleiro da Estrela Guia – A saga completa/ Editora Madras

Entenderam? Mas agora vem a pergunta…. Você não ia falar sobre a Linha do Oriente na Umbanda?

Ia não, vou falar agora!

O guia que se apresenta como mestre ou mestra do oriente é um iniciado (a) que já esteve diante dos hierarcas da TRADIÇÃO e assumiu o seu grau para que pudesse auxiliar os seres humanos nas suas evoluções. O mestre é alguém que transcendeu a consciência e hoje se doa, se multiplica em nós. Ele se tornou um bem divino coletivo!

A Linha do Oriente tem a função de equilibrar nosso interior, nos humanizar, nos religar ao sagrado e principalmente: Nos despertar para um auto-conhecimento transformador.

Nesta linha trabalham diversos agloremados de espíritos, as famosas sub-linhas mencionadas acima, como por exemplo:

  • Linha Médica
  • Linha dos Grandes Magos
  • Linha dos Curandeiros Naturais (Pajés e Xamãs)
  • Linha Hindu
  • Linha Oriental (Tibetanos, Chineses, Mongóis etc)
  • Linha Européia (Celtas, Romanos etc)
  • Linha dos Egípicios
  • Linha dos Simirombas (Padres e franciscanos)

Entre outras tantas que se apresentam nas giras…

Para fechar este texto, transcrevo aqui o texto que recebi quando estava escrevendo o e-book do curso. Recebi este texto num momento que tentava compreender a regência da linha do oriente. Os mestres diziam: “Oxalá e Xangô amparam esta manifestação humana coletiva. Estes dois Pais carregam os mistérios que todo mestre gera no Templo de Umbanda: A luz da Estrela da Manhã e o Fogo Equilibrador da alma”.

Vamos ao texto:

Oxalá doa a sua luz cristalina, a sua estrela guia para a linha do oriente, já Xangô doa seu fogo equilibrador e sua energia de força, resistência diante das tempestades da vida.

Oxalá é a luz do esclarecimento, Xango é o fogo do discernimento.

Oxalá é o cristal gerador da fé, Xangô é a chama intermitente do equilíbrio interno.

Oxalá é o magnetismo luminoso, Xangô é a irradiação raiada da conscientização.

Oxalá é o feixe dourado que nos conduz ao Grande Oriente Luminoso, Xangô é a graduação que nos torna aptos a ver o resplendor da estrela guia.

Oxalá é o espaço infinito do topo das hierarquias humanas, Xangô é a visão altiva do hierarca que só está onde está porque se equilibrou nos sete sentidos da vida.

Juntos fazem o Grande Oriente Luminoso ser o que é: Fonte Viva de Luz, Saber e Agregação Divina.

No alto cumpre o seu papel de religação dos seres aos seus graus e degraus de origem, mas nas trevas retém aqueles que ainda não sabem o significado do amor incondicional. Olhar o outro como olha para si é um pré-requisito para entrar no Grande Oriente, odiar o próximo e vibrar a vingança é expandir a ignorância e ser observado pela Lei Ordenadora de Deus nas faixas vibratórias negativas.

Em Oxalá todos mostram o melhor de si mesmos e em Xangô todos querem entender as razões de suas existências no exterior de Deus.

Oxalá fala pelo mestre do oriente para iluminar a mente humana e Xangô incendeia a vontade de ser justo, fiel, companheiro e amoroso.

O mais negativo dos seres se curva a Oxalá, pois sabe que no fundo seu fim está nele. O mais astuto dos irmãos das trevas se resigna em Xangô, pois sabe que a Justiça é para todos e quem merece sempre recebe.

O justo busca a luz da compreensão em Oxalá, o que compreendeu busca o seu ponto de equilíbrio para se tornar luz viva e humana na vida dos seus afins.

Este mistério, que é a linha do oriente, compreende tantos outros que nos é impossível explicar em poucas palavras, mas saibam que todo mestre do oriente traz consigo a estrela da manhã e a chama da razão no seu mais puro íntimo.

Tenha no seu mestre ou na sua mestra a passagem divina para estes Orixás, pois através deles todos os outros se mostrarão a você, meu irmão e minha irmã de fé!

Texto de bruno amorim – e-book do curso “a linha do oriente na umbanda”

Bom, espero que tenham gostado! Axé!

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